domingo, 9 de dezembro de 2007

Reunião das Artes

A Bienal do Triângulo deu-se início no dia 26/10 e acontecerá até o dia 23/12 em Uberlândia. “Um evento artístico é importante para qualquer cidade do país. Incentiva a sociedade a crescer socialmente e culturalmente. A Bienal, também incentiva os pequenos artistas da região, ajudando-os a conhecer novas formas de arte” disse Luís Eduardo estudante de matemática, visitante da Bienal . Sobre a importância da Bienal ser em Uberlândia. “Além de acrescentar uma visibilidade tanto nacional quanto internacional para a cidade de Uberlândia, acrescenta também um senso artístico cultural, e permite que a população da cidade tenha momentos de lazer mais diferenciado” acrescenta Dayane de Souza Justino, professora de artes plásticas na UFU.
Foram mais de 400 inscrições, participando efetivamente apenas 61 artistas de 14 estados brasileiros. “Para os artistas a Bienal é importante, pois eles podem conhecer obras e produções de outros artistas, de outras regiões, tendo um contanto maior uns com os outros e obtendo novos conhecimentos. Essa exposição faz com que a população interaja com as obras, criando assim um momento de reflexão no campo das artes” disse Dayane.
Nessa exposição foram mostradas pinturas, figuras, instalações, projeções, gravuras, objetos, etc., o que torna essa bienal muito rica.
Um dos quadros mais chamativos é o “E qual é a sua isca?” (Figura1) de Fábio Magalhães, nessa pintura ele faz uma crítica à sociedade capitalista. Essa tela é chamativa pela perfeição de detalhes e pela forma com que o autor expressa sua visão perante o mundo

Outra exposição interessante foi feita por Bruno Siqueira. Uma instalação chamada “Valongo”, (Figura2) que mostra entre uma abertura de ruínas antigas uma cidade industrializada.
“A semiótica como estudo dos signos e significados permite que
tenhamos uma leitura mais crítica das obras, dependendo da relação cultural de cada pessoa, essa leitura das obras vai passar por vários níveis de acordo com o que o observador conhece a respeito e assimila com suas experiências pessoais cada pintura transmite um significado diferente” disse Dayane sobre a dificuldade de compreensão das obras. “Os instrutores auxiliaram bastante, explicando com clareza do que se tratavam cada obra. Muitas dúvidas que eu tive foram resolvidas perfeitamente por eles” complementou Luís.

“Vejo que a arte contemporânea segue uma tendência que critica e choca. E que os artistas estão abertos a novas possibilidades, usando de tecnologia para fazer instalações, vídeos, sem deixar de ser arte. Uma tendência polêmica” finaliza Luís.
Também em entrevista, o professor Gilson Goulart (Estética e Cultura de Massa), fala sobre a importância da Semiótica: "Ler os signos e emprestar sentido aos mesmos é uma tarefa difícil e complexa. Neste sentido a Semiótica adquire papel importante pois constroi conceitos e categorias que possibilitam essa atividade", diz. Sobre a Estética, nos conta que ela nos ajuda a contemplar as obras de arte, e "situa o artista e sua obra e com isso, pensa o sentido de seu trabalho dentro de um contexto que além de histórico e social acopla outras dimensões do trabalho de arte", ainda segundo ele.

Por
Ana Carolina Amorim
Bruna Gabriela Tavares
Marina Galvão
e Priscilla Alves da Rocha