quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Clássicos Contemporâneos

Salve, salve à todos! Eu (Bruna) vou TENTAR voltar a atualizar o nosso querido Carne Crua.
Hoje falarei do nosso também querido futebol:

No futebol, já se sabe, não há favoritos, não há zebras, não há obviedade em nada. Apenas noventa minutos de inesperado, de jogadores que estão expostos a toda a vulnerabilidade que um ser humano pode estar. O craque do ano às vezes deixa a desejar. O reserva que entrou pra cobrir buraco, surpreende, salva a partida, e depois volta a ter seu velho brilho apagado de reserva.
Tudo é relativo... Nem mesmo jogar em casa tem peso determinante – se jogou mal, jogaria aqui ou ali – ou às vezes o fator torcida até mesmo atrapalha. Afinal, é um jogo totalmente emocional, que mexe com a maioria dos brasileiros. Técnicos e dirigentes são julgados e criticados, até mesmo pelo Presidente da República.
O que acontece é que não estamos falando de vôlei, tênis, atletismo. Nem sempre o mais habilidoso vence. Afinal, estamos falando de 11 homens – e um segredo: dominar as emoções, o cansaço, as pressões do patrocinador, do torcedor e ainda jogar bola! Não basta fazer gol: tem que ser bonito, tem que dar um prato cheio para os comentaristas. E se não estiver em um dia bom, melhor prato cheio ainda.
Nos clássicos (Argentina – Brasil, Palmeiras – Corinthians, Fla – Flu e outros), também não há regras. É inútil que o narrador apresente toda a retrospectiva de resultados entre os dois times nos últimos anos. É inútil, inclusive, dizer que historicamente um se saiu melhor que o outro, sendo que estamos falando de outra formação, outro momento. A única coisa estática é o nome do clube (o que não entra em campo na hora do “vamos ver”). O resto tudo é sorte, é momento, é futebol...
Digo ainda que de nada adianta dizer quem está melhor colocado na tabela, quem ganhou a última copa. Esse fator pode ser inclusive negativo, ou não fazer diferença nenhuma. Futebol será sempre o esporte da instabilidade, das surpresas, do time que joga mais mas o gol não sai, e do outro que se coloca na brecha e faz o gol que decide. Justo? Nunca vai ser. É mesmo pra torcedor que tem coração forte. Só podia mesmo ser esporte pra brasileiro.