E já que o ano só começa mesmo depois do carnaval, vamos a ele: No ano em que o Corinthians completa 100 anos e Brasília 50, duas escolas do grupo especial de São Paulo e do Rio homenagearam ambos em seus desfiles. Enquanto a torcida paulistana gerou confusão na apuração do resultado, os escândalos que sempre cercaram a capital federal foram convenientemente esquecidos no enredo, que ficou por conta de falar da arquitetura, origem e miscigenação de Brasília – não por acaso, o Governo do Distrito Federal patrocinou a escola que o homenageava.
Ah, sim... E por falar nisso, o Governador Arruda foi preso (em uma sela mais que especial, diga-se de passagem). Mas vamos levar em consideração que “nunca antes na história desse País”, como diria nosso Presidente, um político foi tão severamente punido: Preso, sem partido, e agora sem mandato. O engraçado foi que enquanto os comparsas de Arruda foram numerosamente se afastando para não queimarem seus filmes, ainda há quem saia nas ruas em prol de um “volta, Arruda”. Seria difícil entender porque alguns brasilenses parecem insatisfeitos com a saída do Governador, não fosse pelo fato de que, enfim, muitas das obras que antes habitavam apenas nos sonhos de Juscelino só agora estejam sendo realizadas. É o famoso “rouba, mas faz” que manteve e mantém Paulo Maluf até hoje no poder.
Mas enfim, com ou sem Arruda, Madonna ou Beyoncé, o Brasil segue em frente, e todos os assuntos saem de pauta quando finalmente chega o carnaval. Esse, diga-se de passagem, se consagrou como o grande evento comercial que vem se tornando – nunca tantas celebridades, pseudo-artistas e “mulheres frutas” desfilaram na avenida. Enquanto isso, as comunidades e suas verdadeiras raízes vão sendo deixadas de lado. O carnaval deixou de ser uma paixão e se tornou uma fonte de lucro, ostentação e especulações em torno dos resultados. Outra paixão brasileira seguindo o mesmo caminho do futebol...
E falando em esporte, quem andou acompanhando a cobertura dos Jogos Olímpicos de Inverno está testemunhando a pior cobertura de eventos esportivos dos últimos anos. Isso porque, em plena era de Globalização e imediatismo, a Rede Record, que comprou com exclusividade a cobertura dos Jogos, muitas vezes exibe no momento das competições a programação da Igreja ligada à mesma, e depois, quando os resultados já foram divulgados, exibe o evento gravado.
Mas afinal, quem quer saber de olimpíadas de inverno? O Carnaval já acabou, mas ainda é verão. Todos a postos, em frente à televisão assistindo e se deliciando com a degradação do ser humano: O Big Brother Brasil 10 está no ar, com ainda mais siliconadas, saradas, belas e coloridos. Todos querendo a mesma coisa: Um milhão e meio? Que nada! Querem quantos minutos de fama uma top less “acidental” ou um barraco gratuito possam proporcionar. Ok, não sejamos injustos: Esse ano contamos até com uma inovadora tribo dos Cabeças! Diga-se de passagem, que somente no BBB uma celebridade do twitter se encaixa nesse estereótipo.
Reflexo da realidade ou não, a verdade é que no Big Brother todos são hamsters em uma gaiolinha, onde o Homo Sappiens existe em escassez e em condições hostis e desfavoráveis. Quer dizer, parando para pensar agora, essa é uma espécie já extinta do “reality” show, já que as tais cabeças foram eliminadas uma a uma, até que a tribo fosse totalmente dizimada. Mas afinal, é Brasil, e estamos falando de preferência nacional, que definitivamente não parece ser por essa parte do corpo...
Mas enfim, com ou sem Arruda, Madonna ou Beyoncé, o Brasil segue em frente, e todos os assuntos saem de pauta quando finalmente chega o carnaval. Esse, diga-se de passagem, se consagrou como o grande evento comercial que vem se tornando – nunca tantas celebridades, pseudo-artistas e “mulheres frutas” desfilaram na avenida. Enquanto isso, as comunidades e suas verdadeiras raízes vão sendo deixadas de lado. O carnaval deixou de ser uma paixão e se tornou uma fonte de lucro, ostentação e especulações em torno dos resultados. Outra paixão brasileira seguindo o mesmo caminho do futebol...
E falando em esporte, quem andou acompanhando a cobertura dos Jogos Olímpicos de Inverno está testemunhando a pior cobertura de eventos esportivos dos últimos anos. Isso porque, em plena era de Globalização e imediatismo, a Rede Record, que comprou com exclusividade a cobertura dos Jogos, muitas vezes exibe no momento das competições a programação da Igreja ligada à mesma, e depois, quando os resultados já foram divulgados, exibe o evento gravado.
Mas afinal, quem quer saber de olimpíadas de inverno? O Carnaval já acabou, mas ainda é verão. Todos a postos, em frente à televisão assistindo e se deliciando com a degradação do ser humano: O Big Brother Brasil 10 está no ar, com ainda mais siliconadas, saradas, belas e coloridos. Todos querendo a mesma coisa: Um milhão e meio? Que nada! Querem quantos minutos de fama uma top less “acidental” ou um barraco gratuito possam proporcionar. Ok, não sejamos injustos: Esse ano contamos até com uma inovadora tribo dos Cabeças! Diga-se de passagem, que somente no BBB uma celebridade do twitter se encaixa nesse estereótipo.
Reflexo da realidade ou não, a verdade é que no Big Brother todos são hamsters em uma gaiolinha, onde o Homo Sappiens existe em escassez e em condições hostis e desfavoráveis. Quer dizer, parando para pensar agora, essa é uma espécie já extinta do “reality” show, já que as tais cabeças foram eliminadas uma a uma, até que a tribo fosse totalmente dizimada. Mas afinal, é Brasil, e estamos falando de preferência nacional, que definitivamente não parece ser por essa parte do corpo...
Um comentário:
belo texto! Bela crítica... não esperava menos de você.
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